Infecção Osteoarticular

Ninguém quer ter infecção ortopédica, mas acontece.

Pode ocorrer de forma espontânea (implantação de bactéria no osso ou articulação após a circulação do microrganismo no sangue), adjacente a uma ferida crônica (como no caso do pé diabético), em casos de exposição acidental do osso (fraturas expostas) ou após procedimentos cirúrgicos*.


Considerada uma infecção de difícil tratamento pela possibilidade de formação de biofilme**, o manejo adequado das infeções osteoarticulares com equipe multidisciplinar experiente aumenta a chance de sucesso do tratamento. Ortopedista,infectologista,patologista e microbiologista devem trabalhar juntos.


O tratamento deve ser individualizado, mas na maioria das vezes inclui procedimento cirúrgico e antibioticoterapia prolongada.


Portanto, ortopedia e infectologia devem trabalhar em conjunto em todas as etapas do tratamento: no pré-operatório, no intraoperatório e no pós-operatório.


Pré-operatório


  • Avaliação clínica do paciente
  • Análise de exames prévios
  • Discussão com a equipe ortopédica das possibilidades de tratamento cirúrgico
  • Definição do esquema antibiótico a ser iniciado após abordagem cirúrgica

Intraoperatório


O acompanhamento intraoperatório da infectologia é uma etapa importante dabordagem multidisciplinar e permite:


  • otimização da coleta do material para culturas, com a seleção das melhores amostras, utilização dos meios específicos de preservação dos microrganismos;
  • encaminhamento adequado para o laboratório;
  • orientação para sonicação do material de síntese e tempo de incubação estendido junto ao laboratório;


Essas medidas resultam em um aumento do número de isolamento dos microrganismos envolvidos na infecção, permitindo o ajuste adequado do antibiótico após os resultados, o que contribui para o sucesso do tratamento do paciente e para a utilização racional dos antimicrobianos.


Somente com a identificação do microrganismo é possível direcionar o tratamento antimicrobiano com segurança, reduzindo a utilização de esquemas antibióticos ampliados.


Pós-operatório


  • Definição do esquema antibiótico mais adequado para o paciente de acordo com os resultados das culturas: drogas, doses, via de administração e tempo de tratamento;
  • Monitoramento da resposta terapêutica e dos exames de segurança;


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Qualquer procedimento cirúrgico tem como potencial complicação a infecção, pois no ato operatório ocorre a quebra da barreira de proteção natural da pele. Mesmo que isso seja feito de forma controlada, adotando todas as medidas de assepsia e antissepsia, o risco de infeção é inerente aos procedimentos médicos.

No caso de cirurgias com implantes, o inoculo bacteriano

necessário para causar infecção é muito menor que nas cirurgias sem implante. Portanto, as cirurgias ortopédicas, com colocação de placa, parafuso ou prótese, tem um risco aumentado de infecção. 

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Biofilme é uma película formada por bactérias que se aderem a um implante ou a um fragmento ósseo desvitalizado. O uso de antibiótico isolado não é capaz de erradicar a infecção em implantes após a formação do biofilme.

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