Imunização
A imunização é uma das medidas de saúde publica com maior impacto na redução de doenças infecciosas e óbitos. Tornou possível a erradicação da varíola e vem contribuindo para a eliminação de muitas outras doenças como a poliomielite , o sarampo, a difteria e o tétano.
A imunização deve ser entendida como um processo contínuo que se inicia ao nascer e se estende ao longo de toda a vida. Além das vacinas do calendário básico da criança, do adulto e do idoso, vacinas adicionais podem estar indicadas de acordo com a história clínica e doenças de base de cada indivíduo.
A programação de vacinas especiais deve ser individualizada.
Na consulta para a programação vacinal, é feita uma avaliação médica especializada considerando características do individuo (idade, histórico de doenças e cirurgias, uso de medicamentos, eventos adversos pós-vacinais prévios, riscos ocupacionais) e das vacinas ( tipos:atenuadas x inativadas, esquemas vacinais: numero de doses e intervalo entre as doses).
Em diversas situações, a programação vacinal deve fazer parte de um conjunto de medidas de prevenção de doenças infecciosas, como por exemplo em indivíduos em uso de imunossupressão terapêutica, em tratamento quimioterápico, em programa de transplante de órgão.
Um pouco de História
Pulmões de ferro na academia Cortesia do Centro Nacional de Reabilitação Rancho Los Amigos
No início do século XX, a poliomielite era uma doença epidêmica, que causava paralisia em milhares de crianças, principalmente em países desenvolvidos, resultando em um problema de saúde pública com enorme impacto psicossocial.
Era a principal causa de incapacidade permanente em crianças na era pré-vacinal.
A sociedade era lembrada todos os dias dos efeitos devastadores dessa doença.
Algumas descobertas, no século XX, foram essenciais para o entendimento da doença e desenvolvimento de vacinas que contribuíram para o controle da doença nos anos subsequentes. Em 1955, foi licenciada a primeira vacina contra poliomielite, desenvolvida por Salk.
Em 1960, a vacina atenuada, oral, desenvolvida por Sabin foi testada, na antiga União Soviética e em países do Leste Europeu, em um grande número de pessoas, com bons resultados de eficácia e segurança.
O número de casos de poliomielite vem reduzindo de forma significativa no mundo, em decorrência do uso em larga escala de vacinas específicas. Em 1988, estimava-se a ocorrência de 350.000 casos em 125 países, em 2019 apenas 175 casos foram notificados no mundo.
No Brasil, o último caso de poliomielite pelo vírus selvagem foi notificado em 1989, no município de Sousa(PB), e o país recebeu o Certificado de Eliminação da doença em 1994, pela Comissão Internacional de Certificação da Erradicação da Poliomielite. O Brasil mantém a vacinação contra poliomielite de rotina na infância, como parte do calendário nacional, desde 1973 e em campanhas anuais de vacinação desde a década de 80.
Entretanto, enquanto houver a circulação do poliovírus selvagem em algum lugar do mundo, existe a possibilidade de disseminação para outras regiões. Mesmo as regiões consideradas livres da poliomielite devem, portanto, manter uma cobertura vacinal elevada para impedir a reintrodução da doença.
Crédito da Imagem : https://amhistory.si.edu/polio/historicalphotos/
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